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Adaptação dos recém casados. Maria Alice Fontes

Antes de casar, como pode ser a preparação individual de cada um para que a adaptação da vida a dois seja mais fácil?

Acho importante o casal se conhecer muito bem antes do casamento. Cada pessoa tem seus hábitos e vêm de uma origem familiar distinta. Portanto, durante o namoro e noivado é importante que haja uma sinergia de pensamentos e atitudes quanto aos assuntos prioritários da vida. A convivência a dois exige grande flexibilidade, conversas olho no olho e habilidades de resolver problemas de forma colaborativa.

Quais são os principais conflitos que acontecem na adaptação dos recém-casados e como resolvê-los?

Há conflitos referentes a personalidade de cada um. Cada ser humano é único e para que haja uma perfeita sintonia, devemos evitar críticas ao outro. Refletir sobre qual é a sua participação pessoal para melhorar o relacionamento é fundamental. É comum acreditar que o outro deve mudar para que tudo se transforme, esquecendo-se de olhar para as pequenas coisas que cada um pode fazer pessoalmente.

Qual é a melhor forma de lidar com manias e hábitos do parceiro?

Com respeito à individualidade do próximo. Estamos casando, mas cada um tem uma vida antes do casamento. Hábitos fazem parte da nossa vida. Vale entender as prioridades de estilo de vida de cada um.

Como lidar com a saudade da família e não permitir que isso interfira na vida a dois?

Não é difícil de superar. Parentes que moram na mesma cidade podem ser visitados com frequência para almoços e encontros aos finais de semana. E pra quem mora longe ou no exterior, existem os aplicativos que suprem de certa forma a distância. O importante é entender que o casal irá formar uma nova unidade familiar e a família de origem passará a ter outro papel.

Atritos acontecem: qual é a importância de discutir, mas também de saber resolver a questão depois?

Na Disciplina Positiva procuramos evitar o foco em discussões para dirigir os esforços na busca de solução para cada problema. Algumas dicas como perguntar ao invés de mandar, estar sempre atendo a escutar e validar os sentimentos do outro, além de usar uma pausa para acalmar a cabeça antes de discutir podem ser ferramentas importantes para o bom relacionamento.

De forma geral, qual é a importância do diálogo e da empatia nesse processo de adaptação?

Conversar é sempre a melhor maneira de chegar a um acordo. Uma relação humanizada começa com a abertura para uma conversa franca e se colocar no lugar do próximo. Muitos casais não se conhecem e não conversam, querem apenas ter razão. Quando não se chega a um acordo é sempre bom reconhecer e se responsabilizar pelos seus atos, buscar a reconciliação de forma aberta e resolver o que ficou pendente.

Vale a pena procurar um psicólogo especialista para ajudar a enfrentar esse processo? Por quê?

A intervenção de um especialista é sempre positiva. Atendo muitos casos que o casal precisa de um intermediador para conseguir conversar e achar soluções conjuntas. O psicólogo de casal deve focar seus esforços para melhorar a relação, evitando tratar questões individuais na sessão de casal. O psicóloga age como um intérprete de um para o outro, facilitando a comunicação.

- Quais dicas gerais você dá para que os casais passem por uma adaptação saudável e positiva?

Respeito e diálogo são fundamentais. Valorizar os pontos positivos do parceiro e não dar atenção às possíveis dificuldades. Acho que conversar muito sobre os propósitos de vida de cada um é fundamental para se construir uma terceira lista de propósitos do casal ao longo da vida.

2019-10-05

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