Crianças que jogam vídeo-games ou assistem televisão podem ter o risco de obesidade duplicado, sugere um novo estudo, coordenado por Nicolas Stettler, médico especialista em nutrição pediátrica no Children Hospital of Philadelphia. Pesquisadores afirmam que este estudo traz uma nova visão no escopo do problema. “No nosso entender fornece a mais forte evidência para uma associação entre o tempo gasto com jogos eletrônicos e a obesidade infantil e sugere que o uso de jogos eletrônicos deveria ser limitado para prevenir tal quadro”.
Stettler estudou 872 crianças suíças obesas com objetivo de avaliar os fatores desencadeantes. Os autores descobriram que além do vídeo-game e da televisão, outros fatores aumentavam o risco da obesidade, mas em menor grau, como o trabalho fora de casa das mães e o fato de terem pais fumantes. Os pesquisadores especularam que crianças sem supervisão podem ter maior probabilidade de comer grandes quantidades de lanches calóricos depois da escola. Outros achados do estudo apontam que pais fumantes podem transmitir uma menor consciência de saúde no ambiente familiar. Por outro lado, fatores que diminuíram o risco de obesidade entre as crianças incluíram atividade física e o hábito de tomar café da manhã.
O estudo constatou ainda que crianças estrangeiras que viviam na Suíça tinham o dobro de probabilidade de serem obesas, pelo fato de assistirem mais televisão e realizarem menos atividades físicas. Eles também afirmaram que diferenças no status econômico-social têm uma influência no desenvolvimento da obesidade.
A disparidade entre os graus de obesidade das crianças sugere a necessidade de programas de prevenção que ataquem os fatores de risco identificados pela pesquisa. “A obesidade uma vez estabelecida é de difícil tratamento, portanto sua prevenção durante a infância é um componente essencial no combate a este problema”, diz Stettler.
Este texto foi traduzido e adaptado pela Plenamente do site: http://my.webmd.com
2004-07-06 00:00:00
Desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo social e da linguagem, da infância ao envelhecimento.