O interesse sobre a influência do videogame na educação das crianças e seus efeitos no cérebro atinge cada vez mais pais, educadores, médicos e terapeutas. Alguns, adiam ao máximo a introdução deste “brinquedo” na vida de seus filhos, outros já possuem um antes mesmo de tirar as fraldas. De qualquer forma, mais cedo ou mais tarde este novo elemento acaba por fazer parte da vida das crianças e jovens do mundo moderno. Pais e educadores que viveram em um cenário infantil bem diferente do atual ficam confusos sobre o uso deste brinquedo no dia-dia das crianças.
Inúmeras pesquisas ressaltam pontos favoráveis e desfavoráveis no uso do videogame e seus efeitos cognitivos, sociais e até emocionais. A informação a respeito desses efeitos ajuda os pais a usar o videogame como um aliado na educação de seus filhos. A idéia é compreender os efeitos positivos e negativos da mesma maneira que se faz com o uso da televisão, internet e outros recursos tecnológicos.
Quais podem ser os efeitos negativos do videogame?
Quais podem ser os efeitos positivos dos videogames?
Os pais devem controlar o tempo que o filho joga?
Sim, o tempo que a criança ou o jovem passa na frente do jogo deve ser controlado. Devemos evitar que a atividade se transforme em um vício, chegando a causar a dependência. Devido ao processo de amadurecimento do cérebro, que só termina no final da adolescência, as crianças ainda não têm pleno controle sobre seus comportamentos, e as restrições devem partir dos pais e responsáveis. Até uma hora por dia o videogame pode ser estimulante, mais do que isso pode ser prejudicial, afetando não somente as trocas sociais, esportivas e o espaço para atividades criativas, como também gerando sintomas físicos como dores de cabeça, ardência nos olhos e principalmente insônia.
Como conciliar o uso do videogame no dia-dia dos nossos filhos?
O videogame, assim como a televisão e a internet, pode ser ao mesmo tempo enriquecedor ou prejudicial no desenvolvimento dos nossos filhos. A presença e participação dos pais neste universo é fundamental. É perfeitamente viável permitir este tipo de diversão e fonte de prazer na vida das crianças com bom senso e equilíbrio.
Os pais podem utilizar os jogos como aliados, permitindo que o filho jogue após ter realizado as suas tarefas escolares e cumprido a rotina doméstica. Não se deve permitir o uso indiscriminado. A retirada do jogo como punição é também bastante utilizada pelos pais, mas deve-se buscar estimular o filho através da disciplina positiva, ou seja, como forma de incentivo para que a criança primeiro “trabalhe” e depois tenha os méritos para ter o seu momento de prazer.
É fundamental conhecer com detalhes o conteúdo dos jogos e saber se são apropriados ou não para a idade. Os jogos mais violentos devem ser evitados especialmente para as crianças menores. Os adolescentes normalmente tem prazer com o desafio e a ação violenta, mas deve-se ter cuidado em não expor em demasia os jovens as ações sem consequências. Por exemplo, na maioria dos jogos violentos, mortos voltam a viver e ações são desfeitas em segundos, dando a idéia que o mundo pode ser manipulado sem nenhuma consequência negativa para o jogador.
Para finalizar os pais devem estar presentes para incentivar outras atividades lúdicas, simbólicas e educativas. Apenas desta maneira as potencialidades dos videogames podem ser aproveitadas sem causar efeitos negativos. Assim como as propagandas de bebidas alcoólicas preconizam, os jogos devem seguir a mesma recomendação: “Aprecie com moderação!”
Bibliografia:
A Ameaça dos Videogames Violentos. revista Super Interessante . Edição 141. Junho, 1999.
http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/60/materia/262369
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/2007/0909/a-influencia-dos-jogos-eletronicos-nas-criancas/
http://www.ufscar.br/rua/site/?p=3854
http://www.revistapontocom.org.br/edicoes-anteriores-artigo/a-escola-o-video-game-e-o-prazer
2011-07-15 00:00:00