Antigamente, a transição das estações era uma parte importante da vida. Os equinócios e solstícios eram celebrados, não só por motivos religiosos, mas porque a vida diária era diretamente afetada pela natureza, pelo clima.
Essas celebrações nos ajudavam a conhecer e compreender os ciclos da vida, da natureza, de nosso próprio corpo e espírito. Hoje em dia, essas celebrações se perderam.
Celebrar é uma Necessidade
Apesar da modernidade, ainda sentimos necessidade de celebrar. Um bom exemplo disso é o fim do ano – o excesso das festas, de compras, de comida e bebida, a fúria das resoluções de ano novo, que às vezes caem no esquecimento.
Sentimos a necessidade de celebrar, de marcar a passagem do ano, de encerrar um ciclo.
Ritos de Passagem
Celebrações são ritos de passagem. Assinalam o final de um ciclo e o começo de outro, nos situam no contexto do todo. Nos convidam a olhar para trás, para o ciclo que está finalizando, e descobrir o que aprendemos, quais foram nossos erros e nossos acertos; e nos dão informação sobre o próximo ciclo, sugerindo como deveremos agir, quais deverão ser nossos próximos passos.
Manter as tradições de passagem, os ritos e celebrações, essa forma de contar o tempo, só depende de nós. Com o passar dos anos e das gerações, palavras novas vão surgindo, algumas vão caindo em desuso e outras adquirem novos significados.
Celebrar ou Comemorar?
Comemoração, por exemplo, é interpretada e realizada como festa. Comemoram-se aniversários da nascimento, de casamento, de fundação, prêmios obtidos e momentos especiais.
Algumas empresas têm várias e boas razões para comemorar: lançamentos de novos produtos, metas atingidas ou superadas, prêmios diversos, lucros, inauguração de novas instalações, aquisições ou fusões e muitos outros motivos.
Em princípio, a celebração teria mais ou menos o mesmo sentido da comemoração, mas hoje, celebrar parece ter um significado mais profundo, mais interativo, menos “festeiro”.
Celebrar é compartilhar alegrias e vitórias. Pode-se celebrar de modo discreto, quase silencioso, mas nem por isso menos intenso e verdadeiro. Para serem celebradas, não precisam ser grandes alegrias e vitórias – até porque estas não têm tamanho, peso nem altura, apenas devem ser celebradas.
Uma significativa diferença entre ambas é que as comemorações geralmente têm data certa para acontecer. As celebrações, não. Podem ocorrer a qualquer momento, em qualquer dia – basta saber que alguém realizou um sonho, superou um desafio, ganhou uma nova competência ou está vivenciando algo que o deixa feliz.
Celebrar o quê?
Em toda pessoa, há sempre um componente que merece ser celebrado – basta querermos ver e reconhecer. Talvez poucas formas de celebração sejam tão poderosas e gratificantes quanto o reconhecimento por um trabalho bem feito, uma atitude digna ou o final de um ciclo.
Celebração é algo que tem muito mais a ver com o coração do que com a razão – e pode-se fazê-la apenas com palavras, gestos ou preces, o que não seria possível numa comemoração, que está mais para festa. Portanto, são coisas diferentes, mas nem por isso uma é mais ou menos importante do que a outra.
Como demonstrar as emoções e afetos?
Um elogio, um abraço, um gesto carinhoso ou fraternal, um e-mail de afago, um presente, um alegre telefonema inesperado... Estes exemplos de celebração podem ser feitas a custo praticamente zero – o que não se pode dizer em relação às comemorações.
Por fim, é importante destacar que, mesmo com tantas diferenças práticas, há algo em comum e essencial entre comemoração e celebração. Algo tão fundamental que é quem de fato legitima sua autenticidade: em ambas, comemoração ou celebração, é absolutamente indispensável a presença do sorriso que sai do coração.
Assim, nós da Plenamente, queremos que você celebre e comemore as festas de final de ano, independente da sua crença, grupo ou religião, esperamos que sorria e agradeça por tudo o que alcançou neste ciclo.
Bibliografia
Este texto foi adaptado por Maria Alice Fontes a partir das seguintes informações:
http://deusario.com/porque-celebrar-o-equinocio-de-outono/
http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo383.shtml
2010-12-16 00:00:00